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Idade (In)Satisfatória

É incrível como nunca nos satisfazemos totalmente com a idade que temos. Aos mais novos, e diga-se inexperientes, há a curiosidade de mais responsabilidade. Apesar de curtirem a ideia de ser criança, poder brincar sem se preocupar com nada além da arrumação dos brinquedos ao final, há a vontade de ser mais velho, de ter a vida do irmão adolescente, o que inclui sair sem os pais, namorar, ir à festas e cinemas, entre outros programas que não pertencem (na maioria dos casos) ao mundo infantil. 
Quando chega  a puberdade, ganha-se (pouco mais de) liberdade, porém esta parece ser algo insaciável, nunca suficiente. Por mais que possa sair mais do que o irmãozinho "pirralho", há lugares ainda proibidos à entrada. E cresce o desejo de alcançar a maioridade. 
Aí chega os 18 anos, você entra numa boate legalmente, assina seu cartão de crédito, tira a habilitação, mas aos 20 anos tudo isso é rotineiro, não há novidade. Seu foco se vira para a carreira, ao trabalho, ao 'encontro do seu lugar' no mercado de trabalho... Ter sua própria fonte de obter dinheiro. 
Na casa dos 30, ser responsável somente por sua vida não aguça tanto o seu interesse, geralmente nesta fase da vida, você começa a sonhar com o dia em que será responsável por outras vidas, sejam elas a dos filhos, maridos/esposas ou futuros membros da família em que quer construir. 
E então aos 40 você tem o que desejava, não tudo, mas parte. Ahhh, que coisa boa, SUA casa, SEUS filhos interagindo com o SEU cachorro, na casinha perto da garagem onde fica o SEU carro. Pena não ter muito tempo livre para aproveitar tais 'tesouros' já que o trabalho consome muito seu tempo. É nesse momento que você já sonha com a aposentadoria, ou ao menos, com uma fase em que sua carreira te proporcione trabalhar menos.
O tempo passa, e aos 50 anos, seus filhos, já "encaminhados", não correm mais pela casa, não fazem barulho e você não tem mais autonomia sob as escolhas deles. Este silêncio depressivo, oposto àquela correria "que te deixava louco(a)", nesta fase começam a fazer uma faaalta... A ponto de você sonhar com novos integrantes da família, ou seja, o dia em que terá netinho(a). Obs.: Sintoma desta fase: pressão em cima dos filhos sobre quando será vovô/vovó. 
Os "xodós" do vovô/vovó chegam, você os ama como filhos e os educa como netos (leia-se com um pouco mais de liberdade de escolha). Curte todas as fases, por ter mais tempo, e é mais generoso, nos presentes, inclusive.
Quando atinge essa fase tão sonhada aos 50 anos, você não se satisfaz. Não que deseje uma idade que ainda não chegou, pelo contrário, deseja voltar à infância ou a juventude, para que possa aproveitar mais de tudo que a vida lhe proporcionou, alterando ou não algumas escolhas.
Eu, particularmente, não tenho do que reclamar da fase (muito divertida) em que estou, porém devo admitir: não vejo a hora de ter tudo MEU. Ô, idades Insatisfatórias...


desabafei. 



Perdas, ganhos e perdas de novo, e de novo, e de novo...

Há coisas que perdemos que nunca deixamos de nos desvencilhar né? Aquela pessoa que marcou, aquele "melhor beijo do mundo" que um dia você se recusou a repetí-lo, aquela pulseira que você a-ma-va e caiu do seu braço sem você perceber, aquele guarda-chuva preferido que esqueceu no ônibus... Nossa memória (seletiva) tem um poder incrível de manter tudo aquilo que gostamos e nos fez bem, em uma certa fase de nossa vida. Na tentativa de reverter essa realidade, rasgamos fotos, evitamos músicas e qualquer tipo de registro que nos faça reavivar essas lembranças. É, como se fosse funcionar. Ahh, como o ser humano é tolo! A vida inteira tenta domar aquilo que há de mais imprevisível dentro de nós: nosso pensamento. E quando ele nos dá uma trégua de tanta informação acreditamos, inocentemente, que o controlamos. Tem dias que eu super acho que 'estou abafando', que superei todas as perdas e que a recordação não mais voltará a me assombrar. Até que minha mente me surpreende, e lá tô eu pensando nas mudanças, nas voltas que a vida dá.. E não dá. Podemos ter momentos de esquecimento, mas o que foi de grande relevância, uma hora ou outra reaparece em nossa cabeça, nos fazendo chegar a uma única conclusão: Tem coisas que perdemos que nunca deixamos de nos desvencilhar.


15 de maio.

A Assistência Social é mais do que o tratamento da condição do próximo, é também o ato de lidar com os seus conflitos internos. Dar assistência é gerar em ação o espírito solícito que há dentro de você; é suprir a necessidade alheia e, consequentemente, a sua auto-realização; é fazer a sua parte, embora tenha consciência que somente ela não mudará tudo que almejas. Servir é se entregar, é se mostrar solidário, é doar o melhor de si para um melhor para ti. Ser um profissional do Serviço Social é buscar no dia-a-dia fazer jus a luta feita há anos atrás. Foi após muita garra que em 1936 criou-se no Rio de Janeiro a primeira 'fábrica nacional de representantes dos direitos do cidadão', nascendo assim a profissionalização daquilo que até então era uma simples caridade. E é com a mesma determinação de quem foi à luta que, em sua rotina, os executores desta (bela) área abraçam as causas particulares dos usuários que atendem. Alguns profissionais trabalham com o corpo, outros, com a mente, e alguns outros com a exatidão. Nós, escolhemos trabalhar com o corpo, a alma, a razão e o coração. Parabéns à todos os Assistentes Sociais, pelo dia de hoje e pelo trabalho de sempre!
Por: Ana Carolina Mattos.

desabafei, colegas de curso.

Denúncia.

Tem gente que enjoa ao andar de barco, ao estar em altura, ao viajar... Eu enjôo de pessoas. Sim, foi isso mesmo que você leu. Não que eu ache bonita essa característica da minha personalidade, pelo contrário, gostaria de ter o dobro de paciência, mas é fato consumado: eu, definitivamente, sou de Lua nas relações sociais-afetivas. Assim como tenho dias "adoro a companhia de fulano", tenho aqueles "hoje eu não tô pra ele". E nesses dias, me afasto, me fecho, me calo, não destrato, tampouco ignoro, porém não é tão facilmente que 'mostro os dentes'. Não acontece com todos que convivo, nem com frequência ou com muita durabilidade, mas tem lá seus motivos. Sou crítica, observadora, além do mais, não é do meu perfil ser 'dada'. É de mim estar atenta ao comportamento alheio, julgar internamente e não me entregar com certa facilidade. Mesmo agindo involuntariamente, acho essencial essa análise com outro ângulo, essa minha vontade de, em determinadas horas, ver o que está acontecendo ao redor com menos proximidade. Em alguns momentos, acho que tudo isso se deve ao fato de eu já ter vivido demais, em outros (mais realistas), vejo que ainda tenho muito o que aprender. Quem sabe um dia desvendo o porquê dessas fases introspectivas.

desabafei.



The time.

Às vezes me pego pensando no quanto o tempo interfere em nossas vidas. E vejo que.. Nossa! Como ele muda nossas opiniões, vontades.. O que antes parecia a melhor coisa do mundo, vem ele (o tempo) e.. Pffff. Que patético! A torna indiferente, a ponto de você nem notar sua ausência. Assim como aquelas coisas que você jamais imaginaria fazer.. 'Olha eu aqui fazendo'. As torna atitudes normais e até cotidianas, eu diria. O tempo tem o incrível poder de causar arrependimentos e ao mesmo tempo (olha ele aí de novo!) nostalgia. Nunca é absoluto. Pode ser ótimo para uns, péssimo para outros, e em outros tempos, pode reverter esse quadro, pode ser ótimo para outros, péssimo para uns. Tem tempo que deixa saudade, tem tempo que é alívio já ter passado.. Independente de sua satisfação para com ele, uma coisa é certa: nunca podemos detê-lo. É preciso passar por todos seus estágios, por tudo que ele propõe, queira você ou não, entenda-o ou não entenda-o. O tempo é o máximo do imprevisível, pode ir de inimigo à um grande aliado, depende de como você o encara e o conduz. Esperar ele passar nunca foi a melhor opção, pois ele pode chegar com péssimas notícias. O melhor a fazer é aproveita-lo, tentar o fazer render, o fazer valer a pena. Você pode fazer com que ele passe por você com boas lembranças de ti ou você com más recordações dele. Qual opção você vai escolher? 'Tempô..'

desabafei.



À felicidade.

Um brinde àquele sentimento simples que nos faz querer viver. Àquele que te consome por inteiro quando se está apaixonado e te renova todos os dias quando se está solteiro. Poucos são aqueles que a encontram em todas as circunstâncias, que a enxergam em meio ao caos, estresse e situações imprevistas. Poucos são aqueles que buscam por ela, dia a dia, que entendem que a mesma se encontra dentro de si e abrem mão de outros sentimentos em preferência dela. Estar em seu estado mais profundo vai muito além de consumismo. Sou uma constante admiradora e propagandista dessa tal da felicidade. Como amante assumida, proponho um brinde. Um brinde àquela que nos anima, nos pertence e rege nossas vidas o/
desabafei

Recordar é viver.

Mais um ano chega ao fim e, como tradição (aqui no blog e na vida), é chegada a hora de um balanço geral. 2O1O foi, de fato, um ano 10. Foi aberto com um réveillon com pessoas especiais, teve em seu início uma viagem de férias com as amigas, um carnaval inédito (e curtido, diga-se de passagem) pelo Rio mesmo, nos blocos de Ipanema. Depois de muita praia nas férias, de volta à vida universitária tive a chance de me vingar de tudo que passei no trote da faculdade no semestre anterior. O primeiro período como veterana foi muito produtivo, com mais conteúdo e responsabilidades, consequentemente, foi um período cansativo. Infelizmente, as férias do meio de ano não foram boas o suficiente para recarregar as energias, porém o mês de julho mudou muita coisa, aliás, mudou tudo. De agosto em diante, foi praticamente duplicada a quantidade de saída, festa, noitada, reunião depois da faculdade, sensação de liberdade, empolgação... Em resumo: muita alegria e pouco estresse. Ah! O segundo semestre.. O queridinho do ano, como foi proveitoso! Nele passei a correr atrás de (quase) tudo que me fazia bem, inclusive, sonhos. De um dia para o outro botei na cabeça que este ano iria sair meu luau, eu ia ter meu aniversário como sempre quis: inesquecível. E Graças à Deus e às pessoas mais próximas, foi. No mês de outubro, agi por impulso, busquei o que estava com vontade e curti demais o que conquistei, afinal, se tudo tem sido motivo para comemorar, com meus 19 anos não iria ser diferente. Não só pelo aniversário mas sim por tudo que passei, posso afirmar: 2O1O foi marcante. Marcado por férias maravilhosas de início de ano, aventuras, praias, fofocas, risadas, vacilos, relacionamento abalado, perda de contato com pessoas queridas, início do estudo de uma terceira língua, término do curso da segunda língua, viagem com o pessoal da faculdade com histórias mega engraçadas pra contar, derrotas, chopadas, churrascos, cinemas, recaídas, momentos tensos, 1ª vez que fui num enterro, 1ª vez que andei de trem, 1ª noitada intermunicipal, Monobloco, Exaltasamba, São Nunca, Club Red, Reçaka, Mariuzinn, Palazzo, Lotus, Barkana, La Vie, Outback, Repartição e até Capone's e Medieval.. hahaha. É, este ano que agora se encerra vai deixar saudade. Mas tudo bem, vida que segue. E pra fechar 2O1O com chave de ouro tem virada de ano em Búzios com as amigas. 0% de chance de 2O11 começar ruim! FELIZ ANO NOVO, POVO!
desabafei, o ano todo.


Enigma.

Eu acredito que ser feliz não é questão de ter ou não ter. É estar bem consigo mesmo. É rir de coisas fúteis; de coisas óbvias; rir com os amigos, rir com os familiares; é rir sozinho de suas próprias loucuras. É se olhar no espelho e gostar do que vê, além das aparências. É sorrir para as coisas simples da vida. É se abrir para novas oportunidades. É, simplesmente, passar pelos problemas e não se estagnar neles. É encontrar o equilíbrio, a paz interior. É ser capaz de perdoar, contagiar, conquistar e amar quem está a sua volta. É cantar no chuveiro, contar piada internamente, poder comer aquilo que gosta, é dormir sem culpa. É querer buscar seus sonhos, anseios, perspectivas.. É levantar todas as manhãs e poder dizer: eu SOU vivo, não ESTOU vivo. Aliás, acho que ser feliz é questão de ter sim! É ter tudo que o dinheiro não compra. Porque o que é material não te faz feliz, te satisfaz. desabafei. Felizmente.


Vide Bula.

Amiga no que for possível; filha companheira; irmã implicante; parente desnaturada; namorada flexível; ficante descomprometida. Estudante de Serviço Social da UFF e Inglês e Espanhol do CCAA; interessada em aprendizado; simpática seletiva; impaciente; sincera moderada; regada a senso de humor; determinada ocasionalmente; opaca; perfeccionista; criativa; espontânea; viciada em gente; eclética; ecologicamente incorreta; gordinha tensa assumida; apaixonada por Doritos, Goiaba e Alcaçuz; praieira, twitteira, nada caseira e bloggueira nas horas super vagas. Sou dessas! desabafei.


Pede pra sair, corrupção.

Quem assistiu 'Tropa de Elite 2' pôde ver a impunidade retratada na melhor cinegrafia de todos os tempos do cinema brasileiro. Não só pela audácia de seus produtores, em expôr a corrupção oculta na vida política brasileira, como também pela qualidade em mostrar seus ideais de forma tão real. De fictício só os nomes usados, ou melhor, adaptados. Hoje entendo o porquê da não-liberação da estreia do filme antes das eleições por parte do governador (atualmente, reeleito) Sérgio Cabral. É impossível você chegar aos créditos de final de filme sem estar influenciado, emocionado e/ou revoltado. A vida nas favelas, não só nas do Rio de Janeiro mas em todo o país, é em clima de 'mata-mata'. Policial mata bandido envolvido em (qualquer que seja) atividade ilícita, bandido mata policial pelo simples fato de ser policial. Oficialmente, no dia-a-dia dos morros, quem circula por lá é: trabalhador inocente; funcionário da boca de fumo; ou está ali cumprindo seu dever como parte da corporação da Polícia. Porém, no meio dessas categorias se encontra o miliciano: aquele que se utiliza do seu poder e experiência adquirida na Polícia para passar pro outro lado, o dos estelionatários. Em troca de 'proteção', a milícia cobra taxas aos moradores e comerciantes da região, utiliza-se de meios ilegais como 'internet gato' ou 'tv a cabo' para receber mensalidade das casas e a principal função, e pior de todas elas, atrapalha o serviço dos policiais que querem trabalhar com honestidade. Agir contra o tráfico de drogas se torna uma atividade ainda mais difícil quando um ex-policial se julga 'dono do morro', causando assim, um retrocesso à tudo aquilo que o Batalhão de Operações conquistou. Como se não bastasse esse tipo de mau profissional, ainda há aquelas figurinhas conhecidas, seja pela fama que conquistaram através da mídia ou pela carreira política, que se unem aos mesmos para ganhar grande quantidade de dinheiro, como se já não fosse suficiente tudo que é roubado dos cofres públicos.. Para acabar com esta sujeirada é preciso investir fortemente não só em armamento para expansão da carnificina realizada em troca de tiros, mas sim em bons salários aos profissionais limpos como forma de incentivo e por direito também; políticas sociais para que a nova geração tenha melhores oportunidades e não veja no tráfico de drogas um ciclo vicioso; e programas de investigação para que aqueles que 'mudaram de lado' deixando de ser policiais para se tornarem bandidos tenham serviço completo, inclusive o Gran Finale: cadeia. Creio que não será fácil, pois será preciso renovar os envolvidos de todas as áreas, porém, nada é impossível. Vamos torcer para que seja como o lema do Nascimento: tarefa dada é tarefa cumprida. E não somente com faca na caveira. desabafei, 06.